quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Saudade

E eu, que nunca imaginei te perder. Que desde que me conheço por gente te tive por perto. Eu que tive a honra de te conhecer e te ter como família. Te ter como uma das, ou a pessoa mais importante da minha vida. Eu que tive o prazer e a sorte de poder ter teus ensinamentos, de conviver com teu caráter, com teus princípios, com teu amor, com teu carinho e com a tua luz. Eu que contigo aprendi o que é certo e o que é errado, aprendi que na vida nem sempre é o jeito que a gente quer, mas que tudo que se quer, com muito esforço se consegue, aprendi que nada impossível, se a gente quer, aprendi que na nossa vida a gente tem que confiar e ter fé em algo, independente de religiões, aprendi o que é caráter, o que são as virtudes, aprendi o que é amor e o que é família, aprendi o que é respeito, aprendi a ajudar ao próximo, aprendi o que significa amizade, cumplicidade, amor. E hoje, aos poucos aprendo também contigo, o que é saudade. Saudade dói e dói muito ainda e muitas vezes a dor é tão grande que tu sente no físico, o aperto no peito é grande. Não te ter mais aqui neste plano carnal comigo, ainda dói. Dói saber que não vou poder te tocar, te beijar e te abraçar. É um vazio imenso no peito. Porque a gente sabe desde quando é criança que aqui só estamos de passagem, que ninguém eterno, que cumprimos nossas missões e seguimos nossa luz. Mas a gente nunca acredita que com a gente, ou com os nossos vai ser assim. Mas pra nós que ficamos, muitas vezes egoístas, queremos que quem já cumpriu fique, porque o apego e o amor é grande. Eu que imaginei que ia te ter pra sempre comigo, que ias estar comigo pra sempre. Cumprisse tua missão aqui e partisse. E eu, e os outros ficamos. Hoje que o que fica, são as lembranças, a saudade, o aprendizado, o agradecimento por todo o teu amor e carinho, agradecimento pelo teu ensinamento, que vai ser seguido a risca, agradecimento por ter te tido na minha vida, durante esses meus vinte e um anos, agradecimento por tudo o que tu fez por mim nesses anos, tudo o que me ensinastes, pelo colo, pela mão amiga sempre ao meu lado, pelos conselhos, pela calma. Agradeço todos os dias poder ter convivido contigo, poder ter aprendido tanta coisa boa contigo.. Mas tenho certeza que não me abandonasse, tenho certeza que estarás sempre comigo, como um anjo, que é o que sempre fostes, mas que antes não batias azas e hoje bates, longe dos meus olhos, mas pra sempre dentro do meu coração. Talvez antes, eu não acreditasse em anjos, mas hoje, mais do que nunca acredito, acredito que eles existem e acredito que tenho um sempre comigo.
Fica a cada dia mais, a certeza de que um dia novamente nos encontraremos, enquanto isso eu sinto tua presença com energia e pensamentos.

Obrigada Vó, por tudo sempre.

Toda a minha saudade e o meu amor de sempre.

Saudade é o amor que fica.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

É


Ela: Oi!

Ele: Oi!

Ela: Quanto tempo!

Ele: É verdade!

Ela: Tudo bem contigo?

Ele: Tudo bem sim, e contigo?

Ela: Comigo tudo bem também.

Ele: Mas não estou namorando.

Ela: ã?

Ele: É, não estou namorando.

Ela: Não te fiz essa pergunta, mas se tu diz, tudo bem.

Ele: Ri, e para de falar.

Ela: Mas então, não?

Ele: Não, estou te dizendo que não.

Ela: Ok.

- Fim.

Essa conversa aconteceu umas duas horas depois dela passar por ele de mãos dadas com uma guria na porta da faculdade. É, ele não esta namorando, ele deve estar ficando, ou é uma amiga? Amiga que beija na boca, amiga que anda de mão e abraçada. É, ele não está namorando, não.

Alucinação? Sonho? Estávamos os dois no mesmo sonho e sonhando ao mesmo tempo? Não, é só mais uma das mentiras descaradas dele. É ele mais uma vez se explicando, quando nem explicação se pede,quando nem motivos pra se explicar tem. É ele mais uma vez tentando manter o que já não existe a muito tempo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vem do fundo


Aqueles dias que tu acorda e o primeiro pensamento é: “Esse dia vai ser bom.” – ponto final, nada a acrescentar, isso basta. Levanta da cama com um sorriso no rosto, dando bom dia, e distribuindo felicidade. O resto do dia de felicidade continua, regado as melhores músicas, de todos estilos – sou muito eclética – escutei de Lady Gaga a Chico Buarque. Dancei pela casa, e a minha felicidade era visível. Me pergunto porquê, nem eu mesma sei. Confesso que não fui dormir bem, confesso que dormi com medo e acordei várias vezes na noite, mas a ultima vez que acordei, foi a melhor, acordei bem, feliz, com esperança, com vontade de tudo. E pra melhorar o dia foi longo, longo e bom, coisa que há algum tempo atrás eu estaria rezando pra que passasse de um vez. Hoje foi diferente, são quase quatro da madrugada e eu to aqui, rezando pra que esse dia que na verdade já virou não termine, não tenho vontade de dormir, por medo de amanhã não acordar com toda essa felicidade e animo. Já fiz mil planos aqui sentada, já dei conselhos a quem precisava, já me diverti sem ao menos ir atrás de divertimento. E te digo mais, não vi o passarinho verde, nem o amarelo, muito menos o celeste, é felicidade pura, simples, que vem de dentro, do fundo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ele, mais uma vez.


Meus dias tem sido entre altos e baixos, onde nem gráfico de cardíaco, oscila tanto. A dor é algo que já deveria ter passado, e não passa. Se eu deveria ter seguido em frente, foi o que tentei, mas não consegui. Continuo parada, congelada e anestesiada no passado, no que já deveria ter passado e não passou. As lembranças, por mais que queira que sejam esquecidas, é impossível. Tudo lembra, tudo faz lembrar. É o carro passando na rua, entrar na tabacaria e ver o chocolate que ele gosta, é ver um cachorro da mesma raça do dele, é ver uma roupa igual a dele, é alguém falar uma frase que ele falava, é ver tua melhor amiga falar do signo dela, que é o mesmo dele, é ver ele quando menos se espera. Ele tá por toda parte. Numa esquina e noutra também. Espalhado como se fosse ar, como se a falta dele fosse fatal. Já gritei e falei tudo o que tinha que falar, já conversei com as pessoas de todos os tipos de pensamentos, escutei conselhos, e muitos escutaram e me abraçaram durante o choro. E hoje eu sei, que eu posso conversar com o papá, com Chico, com Mãe Menininha, mas que ninguém vai poder fazer nada por mim, que eu vou ter que continuar agüentando tudo isso, todo esse sofrimento no osso do peito, agüentar a ardência dessa ferida que nunca sara. Não me conformo em isso não passar, não me conformo por não conseguir tirar e esquecer ele de todos os meu pensamentos. Tudo lembra, e quando lembra dói, machuca. É um ferimento que não cicatriza nunca. Não sei até onde vai, e até onde vou agüentar. E por causa disso, desse, me fechei pra balanço,sem mesmo perceber, não consigo me relacionar com ninguém. Me fechei dentro de um sentimento que nem recíproco ,é. Já tentei as técnicas mais toscas e mais inteligentes que a mim chegaram, tentei me apaixonar sem mesmo estar apaixonada, e até em comprar um cachorro, pra ver se ocupa minha cabeça, mas nada, nem ninguém consegue fazer com que isso seja eliminado. Onde eu to, ele tá, se não passando nas minhas fuças, tá na minha cabeça, que infelizmente faz lembrar dele a quase todo instante. Aqui estou eu mais uma vez lembrando dele, enquanto eu escrevo alguns trechos desse texto, mil coisas se passam pela minha cabeça, e a única que concluo, é que mais uma vez sem querer, eu estou pensando nele.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quem é?


A campainha toca, logo digo: Quem é? – Sou eu! – Eu quem? – Não tá lembrada de mim? – Não, quem é? – Eu não venho sempre, mas as vezes gosto de te visitar! – Não sei quem é. QUEM É? – Não tá lembrada da minha campainha? Não, quem é? – Em pensamento, de jeito algum queria acreditar, que naquele exato momento meu sexto sentido, viria a se manifestar novamente, ele quase nunca anda por aqui, e quando anda, ou nunca acerta, ou não é coisa boa. Pois é, era ele, a campainha, não é uma campainha, é um estalo, que do nada surge na mente, com um pensamento ou imagem de algo que pode ou não esta por vir. É um alerta, totalmente feminino, e que, em algumas é certeiro ou então como é comigo, essa coisa meio estranha. Hoje, foi aquele estalo, que parece que o mundo simplesmente pára, e tu fica com aquilo na cabeça, imaginando, sem parar nem um segundo. E como todas as mulheres que tem, esse amiguinho, ou inimiguinho por perto. Depois que passa, a primeira pergunta é: Será? – Resposta mais corriqueira e digna: Não sei!

Mas eis a questão, o que fazer, acreditar ou não? Mesmo não acreditando, se fica pensando, por horas e horas, ou então vamos acreditar e se desiludir total, o estalo de hoje não foi dos melhores. Eu não sei, ninguém sabe. É melhor esperar o tempo passar, ou ele vir tocar a campainha aqui de novo, só que dessa vez, com pressentimentos melhores. Mas só mais uma pergunta: Quem émesmo?

domingo, 20 de março de 2011

A solução


E em quanto eu rezava, que os minutos se tornassem segundos, as horas, minutos e os dias, horas. Pra que o sentimento sumisse, sem deixar rastros ou pistas. As lembranças fossem esquecidas. Algumas pessoas me diziam: Calma, o mundo gira. Naquele momento eu não queria que girasse, simplesmente, que tudo aquilo passasse, toda aquela ansiedade, toda aquela angustia, guardada dentro de um peito, cansado, peito esse que levou tanto, e que naquele momento já não agüentará mais. Já era de saber, que chegará a hora de desistir. Até então não se sabia, nada. Medidas práticas e sutis, de uma mulher cansada, de tanta babaquice e indecisão. Os dias amanheciam, e em todo o pensamento vinha a ser o mesmo: Se tu não vens, eu vou. Vou pra um lugar bem longe, onde não seja possível que te enxergue. Longe tão longe, que não escute teu nome, longe dessa tua indecisão, simplesmente, longe. Muitos ainda dizem: Mente vazia, oficina do diabo. Ou então nesse caso, do lúdico, da esperança. Por mais esse vou, me levasse, ao outro lado do mundo, milhares de quilômetros de distancia, sem foto pra ver, nem telefone pra ligar. A idéia não iria vingar. Hoje, depois de o tempo passar, lentamente, segundo por segundo, minuto por minuto e hora por hora, vê-se que não tem capsula, viagem, nem lixo, com coisas materiais que fizessem lembrar, apagariam o que estava guardado no peito. E por muito tempo, ficou aqui, martelando, e muitas vezes até clamando, pra que desejos do coração fossem realizados por meio de impulsividade, enquanto a cabeça dominava. A única maneira de talvez contornar tal situação, seria agir com a consciência. Arrancar o emocional, e a sensibilidade, por mais difícil que fosse, e viver por um bom tempo, sendo racional. Se todo o plano milimetricamente calculado e arquitetado, deu certo, era o que eu mais gostaria de saber. Mas pra saber, se ele tinha sido infalível, eu precisava encontrar, enxergar, e sentir ou não. Temporariamente, sim, esfriou, talvez até tivesse congelado, mas se realmente não existe mais é a prova viva. Eis a questão. Então, encontrei, vi, enxerguei, a poucos metros de distancia. E se o plano fosse, em capsula, a culpa poderia ser data vencida, ou até mesmo uma alergia. Em segundos o coração palpitou, a mão suou e tremeu, e aquele bom e velho frio na barriga, depois de muito tempo apareceu. Questão de segundos, e todo o plano, toda fuga, foi por água a baixo. Tempo perdido. A questão de que o mundo gira, começo a acreditar, pois visivelmente, começou, na minha vida. Voltou, mas voltou com menos força, ou mais, já não sei. Voltou diferente, calmo, com tranqüilidade. E eu sofrendo para arquitetar o plano mais infalível, dos últimos tempos. Uma cilada para os meus próprios sentimentos. Achando que seria fácil, como se configurasse um eletrônico. Quanta ingenuidade. Hoje vendo, uma fuga infantil, de conto de fadas, ou da menininha que queria fugir de casa, porque ficou de castigo. Aconteceu, acontece e ainda vai acontecer com muita gente, é uma questão de tempo, fase. Voltou, mexeu, com a mesma indecisão e babaquice. Enquanto isso, minha cabeça já começar automaticamente a defender meus sentimentos, o racional já esta arquitetando o próximo plano, manipulando a próxima capsula, comprando as próximas passagens, pra bem longe. Qual das opções irá ser a escolhida da vez, nem eu mesma sei, ou talvez eu o exile, só por mais um tempo, até achar a solução perfeita, mesmo sabendo que a única solução é o tempo.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Não é como se pensa


Praticar o esquecimento, ou ao menos tentar. Começando por pensamentos, de todos os momentos, e sim, sempre vão começar pelos melhores, os mais fantásticos e alucinantes, depois a realidade, a verdadeira face, sim para o, esquecimento, vamos ter que começar a pesar, calcular e medir, do bom ao ruim, da dor a felicidade, da saudade ao esquecimento. Por hora lembrar-se dos momentos bons, não é bom, melhor deixar para daqui um tempo. Se a vontade é de fato, as medidas terão de ser drásticas, então serão. Depois de listado os momentos, começa a exclusão, número de celular, telefone, Messenger, e afins, todos os meios de comunicação fácil, já que pra bater na porta e dizer: Oi, estou aqui porque senti saudade; é tão mais difícil, até chegar a casa, ou ao local, dá tempo pra pensar e refletir e não agir por impulso. E pensando na possibilidade de ir e dizer que sinto saudade será que vai ser fácil esquecer? Não, não vai. Mas por mais árdua que seja a situação e concretização, vamos ao menos tentar ir até o final, e ver no que vai dar. Contendo-me em ser racional por momentos de pensar que um dia eu conseguiria isso. Mas a tal da realidade é que não se manda no que está aqui dentro, o coração, recheado de sentimentos, saudade e até dor. Por mais que se queira muito, não se consegue esquecer alguém que marcou a tua vida, e que deixou marcas e feridas cicatrizadas, ou não, a realidade é que se for pra esquecer, um dia, uma hora, sem pensar, sem ao menos lembrar, não vai mais estar aqui dentro, não vai mais se sentir. E exatamente isso, o que eu não estou sabendo, esperar, pois esse tempo demora, custa a passar, os minutos se estendem e parecem horas, demora, porque foi forte e envolveu sentimentos por sua vez fortes. Mas uma hora passa, e a ferida cicatriza.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O príncipe ou o sapo?


Qual mocinha, doce e sensível nunca sonhou com o, lindo e deslumbrante príncipe encantado? Por volta dos dez ou doze anos, sonharam que daqui uns aninhos iriam encontrar o amor da vida, aquele lindão, que nem o dos contos de fadas, novelas e seriado adolescentes. A resposta, a maioria. Com o passar do tempo, lentamente, se aproxima a realidade, de que o tal príncipe, talvez não seja príncipe e sim um sapo, gordo, papudo e feio, mas com um ótimo coração. O tempo passa, mas continuamos a sonhar com ele, o lindão, do seriado da TV, e que talvez venha montado em um cavalo branco. A feiúra do sapo é assustadora, mas o humor do príncipe é um terror. Aos poucos a idade vem chegando, e junto dela a tal realidade, o dia em que acordamos e descobrimos que, o príncipe não vem no cavalo branco, e que ele nem é tão perfeito quanto nos fizeram acreditar, e o sapo, nem é tão feio e papudo como achávamos, começamos a medir, pesar e calcular. O príncipe é aquele gurizinho da escola que todas as gurias achavam lindo, o sapo, por sua vez não era sapo, e sim patinho feio. Talvez o bonitão, o colírio dos olhos das mocinhas na escola, se torna um verdadeiro sapo, aquele homem sem assunto, sem cultura, com um gosto musical totalmente o oposto do meu, mas que seja qualquer coisa, mas que já não faz mais sentir aquela mesma coisa. E o sapo entra na jogada, ressurge todo inteligente, interessante, com um ótimo papo, com ótimas musicas, e vira a jogada, ele vira o príncipe, mas não um príncipe qualquer, um príncipe, esquisito,com um estilo totalmente oposto, e eu por vez nunca imaginara me interessar, mas como nunca gostei do normal, nunca tive medo de me arriscar, e somando tudo, toda uma esquisitice que deixa uma curiosidade vou entrando, nesse conto de fadas, onde o príncipe não é tão normal como no livro da cinderela, mas é tão interessante quanto. Hoje pensando, sinceramente, o sapo que não é tão clichê, e que ainda guarda mil mistérios por trás de uma face e estilo esquisito, me atrai muito mais.